Castelos de Areia
Junto a uma serra há uma praia pequenina, de areia macia, onde as crianças gostam de brincar. É ali que se encontram muitas vezes a Rita, o Miguel e o André, três primos, cuja melhor brincadeira é construir castelos, ali à beira do mar. Mas são sempre uns senhores castelos! Altos, com torres e torreões, com portas e portões! E é ver quem faz o castelo mais alto, mais complicado, mais… tudo!
Um dia, os primos resolveram construir um castelo com pessoas, cavalos, portas, janelas, árvores e tudo o mais que lhes viesse à cabeça. E o castelo ali se ergueu, maior do que todos os outros.
– Castelo sem princesa, nunca se viu! – disse a Rita. E logo os primos puseram uma princesa à janela.
– Castelo sem bandeiras, nunca se viu! – disse o Miguel. E logo apareceram bandeiras de papel na torre mais alta, a ondular ao vento.
– Castelo sem fosso, nunca se viu! – queixava-se agora o André. E lá fizeram um fosso cheio de água.
– Um castelo deve ter bruxas! – continuou a Rita. E ela mesma fez uma bruxa a saltar da torre, montada numa vassoura.
– Um castelo deve ter fadas! – pediu o André. E a fada entrou pela ponte levadiça.
– Um castelo deve ter um gigante! – E o Miguel ria-se enquanto fazia um gigante ao lado da fada.
– À noite, as tempestades metem medo! – E a Rita salpicava o castelo com água do mar, como se fosse uma grande chuvada.
– E o vento sopra forte… – E todos sopravam e riam, riam e sopravam.
– E um dragão, um castelo precisa de um dragão! – gritou o Miguel – Vamos fazer um dragão.
– Não vamos fazer dragão nenhum; o Fofinho serve. – E a Rita puxou o cão para junto do castelo.
– E agora chega o príncipe e mata o dragão. – anunciou o André.
– Mata nada! O cão é meu! – gritou o Miguel, agarrado ao Fofinho, que não parecia interessado em fazer o papel de dragão.
Entretanto, o mar tinha subido devagarinho e já destruíra uma porta do castelo.
– Meninos, são horas do almoço! – chamava a tia Isabel. – Já estão há muito tempo aí ao sol.
– É isso! É isso! – disse o Miguel, muito sisudo. – É o tempo, é o tempo! Não há castelo que escape aos ataques do tempo! Ele passa e as muralhas irão cair, as paredes abrirão fendas; do castelo em ruínas fugirão fadas e dragões, bruxas e gigantes! Amanhã será a altura de reconstruirmos o nosso castelo.
– Amanhã faremos novas torres – garantia o André.
– Amanhã teremos novas fadas – afirmava o Miguel.
– Pois é, e hoje teremos novo almoço! Vamos comer.
E a Rita correu para casa com os primos e o cão-dragão atrás dela.
O castelo ali ficou na luta com o mar. Aos poucos, as torres caíram, o fosso desfez-se, a fada já não era mais do que um montinho de areia, arredondado pelas ondas. O mar ia deixar a praia de novo lisa e macia, pronta para que as crianças viessem construir os seus castelos de areia com dragões, gigantes e feiticeiros.
Amanhã, recomeçará a brincadeira do mar e das Ritas, dos Migueis e dos Andrés que sonham e constroem castelos de areia.
Um dia, os primos resolveram construir um castelo com pessoas, cavalos, portas, janelas, árvores e tudo o mais que lhes viesse à cabeça. E o castelo ali se ergueu, maior do que todos os outros.
– Castelo sem princesa, nunca se viu! – disse a Rita. E logo os primos puseram uma princesa à janela.
– Castelo sem bandeiras, nunca se viu! – disse o Miguel. E logo apareceram bandeiras de papel na torre mais alta, a ondular ao vento.
– Castelo sem fosso, nunca se viu! – queixava-se agora o André. E lá fizeram um fosso cheio de água.
– Um castelo deve ter bruxas! – continuou a Rita. E ela mesma fez uma bruxa a saltar da torre, montada numa vassoura.
– Um castelo deve ter fadas! – pediu o André. E a fada entrou pela ponte levadiça.
– Um castelo deve ter um gigante! – E o Miguel ria-se enquanto fazia um gigante ao lado da fada.
– À noite, as tempestades metem medo! – E a Rita salpicava o castelo com água do mar, como se fosse uma grande chuvada.
– E o vento sopra forte… – E todos sopravam e riam, riam e sopravam.
– E um dragão, um castelo precisa de um dragão! – gritou o Miguel – Vamos fazer um dragão.
– Não vamos fazer dragão nenhum; o Fofinho serve. – E a Rita puxou o cão para junto do castelo.
– E agora chega o príncipe e mata o dragão. – anunciou o André.
– Mata nada! O cão é meu! – gritou o Miguel, agarrado ao Fofinho, que não parecia interessado em fazer o papel de dragão.
Entretanto, o mar tinha subido devagarinho e já destruíra uma porta do castelo.
– Meninos, são horas do almoço! – chamava a tia Isabel. – Já estão há muito tempo aí ao sol.
– É isso! É isso! – disse o Miguel, muito sisudo. – É o tempo, é o tempo! Não há castelo que escape aos ataques do tempo! Ele passa e as muralhas irão cair, as paredes abrirão fendas; do castelo em ruínas fugirão fadas e dragões, bruxas e gigantes! Amanhã será a altura de reconstruirmos o nosso castelo.
– Amanhã faremos novas torres – garantia o André.
– Amanhã teremos novas fadas – afirmava o Miguel.
– Pois é, e hoje teremos novo almoço! Vamos comer.
E a Rita correu para casa com os primos e o cão-dragão atrás dela.
O castelo ali ficou na luta com o mar. Aos poucos, as torres caíram, o fosso desfez-se, a fada já não era mais do que um montinho de areia, arredondado pelas ondas. O mar ia deixar a praia de novo lisa e macia, pronta para que as crianças viessem construir os seus castelos de areia com dragões, gigantes e feiticeiros.
Amanhã, recomeçará a brincadeira do mar e das Ritas, dos Migueis e dos Andrés que sonham e constroem castelos de areia.
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