sábado, 6 de setembro de 2014

CHAPÉUZINHO VERMELHO

Chapeuzinho Vermelho

Chapeuzinho Vermelho
Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas desta cor.
Um dia, sua mãe pediu:
- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
cestinha na mesa
- Claro, mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!
- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.
- Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber.
Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
lobo escondido atr·s da ·rvore
Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:
- Onde vai, linda menina?
lobo rindo
- Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
O lobo respondeu:
- Sou um anjo da floresta, e estou aqui para preteger criancinhas como você.
- Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que tem um lobo mau andando por aqui.
- Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranqüila, que vou na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda conversar com o anjo da floresta.
- Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
E o lobo respondeu:
- Este será nosso segredo para sempre...
E saiu correndo na frente, rindo e pensando:
lobo correndo
(Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa ... Uhmmm! Que delícia!)
Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:
- Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
- Pode entrar, minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...
lobo disfarçado de vovó
Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
- Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a ter sua voz de sempre.
- Obridada, minha netinha (disse o lobo, disfarçando a voz de trovão).
Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
- Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
- É prá te olhar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
- É prá te cheirar melhor, minha netinha.
- Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
- São para te acariciar melhor, minha netinha.
(A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa. Aquela menina não parava de perguntar...)
- Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
- Quer mesmo saber? É prá te comer!!!!
lobo comilão
- Uai! Socorro! É o lobo!
A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.
Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.
Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.
Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:
- Acho que o lobo devorou minha avozinha.
caçador- Não se desespere, pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos mastigar. Acho que estou vendo movimento em sua barriga, vamos ver...
Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima abaixo, e de lá tirou a vovó inteirinha, vivinha.
- Viva! Vovó!
E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar doente, caiu na farra.
vovó de skateChapeuzinho dançando
"O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."
FIM

O SOLDADINHO DE CHUMBO

Vou contar para vocês, a história comovente de um soldadinho de chumbo. Forte, arrojado e valente.
Eles eram vinte ao todo.
Vinte lindos soldadinhos, feitos de chumbo, é verdade. Mas todos bem iguaizinhos.
Um, no entanto era cotó. Pois tinha uma perna só.



E dentro de uma caixinha, foram dados de presente, a um gracioso menino, que ficou muito contente.
Na hora de dormir, deixou-o de guarda.
Mas, só por uma noite somente.
 
E os brinquedos, mas que travessos, ei-los todos a pular. Vendo se só os sabidos, aproveitam para dançar!
E as horas passam ligeiro. Enquanto ele vão brincando, o relógio da parede, meia noite, está marcando.

 
 


Vejam só, é o feiticeiro! Saiu da caixa sem custo e o pobre do soldadinho, quase que morre de susto!



Mas, ai... o que fez o vento!
Escancarou a janela!
E o soldadinho de chumbo, cai da janela ligeiro, cumprindo-se finalmente a praga do feiticeiro.

Mas vejam no entanto, a sorte do soldadinho perneta, foi cair espetado, na ponta da baioneta. E começou a chover, veja que situação ficou o pobre soldado, só naquela posição.




Dois meninos o encontram e fazem um barquinho de papel para o pobre soldadinho navegar.




E o barquinho foi boiando... navegando... navegando, da sarjeta para o rio, o soldadinho levando.




Surgiu no entanto um perigo, desta ou daquela maneira, foi o barquinho cair, nas águas da cachoeira. E chega ao fundo do rio, o soldado valoroso.


E dele já se aproxima, um peixe grande e guloso.Mas assim que o engoliu, veja só o que sentiu!





O peixinho guloso, pouco gritou, sim senhor! Pois foi cair, bem depressa, nas redes de um pescador.



E a cozinheira mal viu, um tão bonito pescado e foi logo pensando em preparar um ensopado.Mas vejam, que coincidência! Lá vai a criada entrando, na mesma casa em que esteve, o soldadinho morando.


Mas assim, que ela cortou o peixe, veja só o que encontrou!
Isto é mesmo admirável, difícil de acreditar. Vejam só, de que maneira, ele conseguiu voltar.


E agora, mas que alegria, em meio a risos, folguedos, ele voltou novamente para a mesa dos brinquedos.Que grande felicidade ele deve estar sentindo, vendo a linda bailarina a contemplá-lo sorrindo.



Porém na caixa fechada, estremece o feiticeiro.
O que estará planejando, aquele bruxo matreiro!

E o menino satisfeito, brinca alegre, novamente com o soldadinho de chumbo.
Mas no entanto, de repente...!
Vejam só, mas que tristeza! Isto ainda é praga do ogro! O soldado escorregou e caiu dentro do fogo e desse modo amiguinhos, ele vai se derretendo.




Mas não fiquem assustados, pois ele não está morrendo! Ele só será um novo brinquedo.





E a linda bailarina, deu um salto direitinho, para dentro da fogueira, onde estava o soldadinho.


E pela manhã seguinte, viram todos, que emoção!
Os dois juntos transformados, num bonito coração.

HISTÓRINHA DA CLARA DESAJEITADA



Clara morava com suas irmãs no Reino das Fadas.
 Ela se esforçava muito para ser uma boa fada, mas tudo que ela fazia dava errado!
 As outras fadinhas a chamavam de "Clara Desajeitada."



 


Certo dia, Clara passou horas fazendo um adorável bolo. E então ela voou direto para dentro dele e ficou entalada! Suas irmãs riram a valer!
 Clara ficou chateada por suas irmãs terem rido dela.








-Vou sair pela floresta para ver meus amiguinhos da mata, disse ela.
 De repente, a paisagem começou a ficar estranha.
 - Estou perdida! exclamou Clara num sussurro, tentando encontrar o caminho de volta.




Suas pequeninas asas começaram a doer de cansaço.
 - Preciso encontrar um lugar para ficar! Ela decidiu.


 

Clara avistou uma toca de coelhos em uma moita.
 Nina, a coelhinha, acenou, negando com a cabeça.
  - Eu adoraria oferecer moradia para você, querida, mas não tenho espaço. Tenho muitos filhotes! Por que não tenta em outro lugar?
 



Clara continuou voando pela floresta.

 - Você é benvinda para morar comigo! Bradou Elmo, o esquilo, sentado em seu ninho no topo de uma árvore. Clara tentou voar alto para o ninho do esquilo, mas o vento continuou soprando-a para o lado!
 - O seu lar é alto demais para mim! Ela bufou!

 Logo abaixo, Deco, o veado e sua família estavam procurando no solo da floresta, algo para se alimentar.
 - Eles são animais bondosos, pensou Clara. Eles vão compartilhar o seu lar  comigo.
 - Desculpe, Clara, disse Deco. Nós não temos um lar de verdade. Nós vagamos por partes diferentes da floresta todos o dias!


 Beto, a coruja convidou Clara para compartilhar seu lar em uma velha árvore de carvalho.
 A princípio a fada gostou do seu lar acolhedor, longe do vento e da chuva.
 Depois ela começou a sentir-se enfadada e sozinha.
 - Beto dorme o dia inteiro, ela suspirou.
 
- Se ao menos, pudesse voltar ao Reino das Fada!
 De repente, o céu estava cheio de asinhas zunindo.
 Clara achou que era um enxame de abelhas...
 Até que ouviu algumas vozes familiares, chamando o seu nome!
 


- São as minhas irmãs! Ela gritou.
 As fadinhas tinham vindo procurar por Clara.
 - Tem sido, realmente um tédio sem você, para fazer coisas engraçadas no Reino! Elas riram.
 







De volta, em casa as fadinhas felizes, fizeram uma festa para comemorar o retorno seguro de Clara.
 





- Vou fazer uma gelatina! Prometeu Clara.
 Adivinhem o que aconteceu em seguida!
 Clara derrubou sua gelatina e a respingou por tudo!
 - Fiz bagunça outra vez! Suspirou a fadinha.
 Sua irmãs deram gargalhadas sem parar.
 - Benvinda ao lar, Clara Desajeitada!